As actuais eleições presidenciais assumem uma importância redobrada. A direita tradicional, representada por Marcelo, e a extrema-direita, que aproveita para medir forças, têm a intenção de repetir, a nível nacional, aquilo que foi a sua aliança nos Açores. As presidenciais podem representar a preparação do terreno para uma solução deste género. Nem a direita tradicional, nem a extrema-direita, nem a sua aliança servem os anseios e as necessidades do povo, pelo que o seu combate faz-se nas ruas, mas no dia 24 de Janeiro, deve expressar-se também nas urnas.

Num momento onde a extrema-direita se apresenta ao escrutínio, não com o intuito de fortalecer o projeto democrático, mas justamente para se servir do mesmo, corroendo-o, ridicularizando-o e, se necessário for, destruindo-o, todo e qualquer voto consciente deverá servir para derrotar a direita tradicional e o possível projeto de ditadura fascista que se nos apresenta a escrutínio neste momento.

Vota e não deixes que decidam por ti! Recorda-te que num cenário de elevada abstenção, o voto de protesto vai valer muito e a extrema-direita e o voto de protesto conseguirão certamente muitos votos, mas a mesma extrema-direita sabe que mesmo com os votos do seu eleitorado mais fiel, mas sem uma elevada abstenção, terão pouca expressão nas urnas.

A extrema-direita e seus acólitos sabem-no tão bem que, para não sofrer uma contundente derrota nas urnas, muito se tem esforçado para retirar o interesse do ato eleitoral, seja através do esvaziamento do debate, seja através de infundadas alegações de fraude, mas nunca deixando de apelar ao seu eleitorado mais fiel que não deixe de exercer o seu direito de voto, na esperança que muito de nós, desinteressados, não exerça o seu direito de voto!

Nem Marcelo, Nem Ventura!
Dia 24 de Janeiro, vota com consciência, pela democracia!